A energia solar nos estádios de futebol do Brasil

Estádios de futebol aderiram, ainda nos processos de construção e reforma para a Copa do Mundo de 2014, a utilização da energia fotovoltaica para o consumo das instalações esportivas

A energia solar fotovoltaica vem sendo utilizada cada vez mais no país, pela sustentabilidade e economia que proporciona. A maior impulsionadora do uso de energia solar em grandes obras no Brasil foi a realização da Copa do Mundo de Futebol da Fifa de 2014. A energia solar, além de atender às exigências de sustentabilidade da Fifa, também foi empregada pelo seu potencial de economizar recursos na operação das novas arenas multiuso, reformadas ou construídas para o evento de maior repercussão midiático mundial.

São seis as principais arenas brasileiras que contam com energia solar fotovoltaica para o fornecimento de boa parte da eletricidade consumida ao longo do ano pelos complexos esportivos.

1 – Maracanã, Rio de Janeiro

Devido às reformas para a Copa do Mundo de 2014, o Maracanã recebeu cerca de 2.380 m² de painéis fotovoltaicos, num total de 1.552 módulos instalados na borda do anel da cobertura do estádio. O sistema de cerca de 400 KWp permite a geração de 500 MWh de energia por ano, o equivalente ao consumo de 240 residências. O projeto evita o despejo de 2.560 toneladas de CO2 na atmosfera por ano, se comparado com uma usina termoelétrica, e auxilia na redução do consumo de energia do estádio.

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Estádio do Maracanã na cidade do Rio de Janeiro.

2 – Estádio Mané Garrincha, Brasília

Inaugurado em 2013, como parte dos estádios para a Copa de 2014, o novo estádio Mané Garrincha, com capacidade para 70 mil torcedores, conta com um sistema de captação de energia solar de 2,5 MWp instalado no perímetro de sua cobertura. Os painéis fotovoltaicos ocupam cerca de 15 mil m² – 75% da área de concreto da cobertura. A energia elétrica gerada é suficiente para alimentar cerca de 60 mil residências.

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Estádio Mané Garrincha, em Brasília

3 – Estádio do Mineirão, Belo Horizonte

O Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, foi um dos primeiro a entrar em operação no Brasil com uma usina solar própria, e potência de 1,42 MWp. São cerca de 6.000 painéis fotovoltaicos e toda a energia gerada é injetada na rede de distribuição da Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig) para ser comercializada. A geração de energia elétrica no Mineirão é capaz de suprir cerca de 900 residências anualmente.

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Estádio do Mineirão, Belo Horizonte

4 – Arena Pernambuco, Jaboatão dos Guararapes-PE

A usina solar da Arena Pernambuco não fica instalada no estádio, mas sim em uma área de 15 mil m² anexa ao estádio, e é responsável por cerca de 30% do consumo de energia do estádio. São cerca de 3.652 painéis que geram 1MWp de eletricidade, o suficiente para abastecer cerca de 6 mil habitantes. A produção excedente é injetada na rede da Centrais Elétricas de Pernambuco (Celpe).

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Usina da Arena Pernambuco, em Jaboatão dos Guararapes-PE

5 – Estádio Pituaçu, Salvador

O Estádio Governador Roberto Santos, mais conhecido como Estádio de Pituaçu, possui capacidade para 32.157 espectadores (depois da reforma e ampliação).

Em 2012, iniciou-se o projeto Pituaçu Solar, um sistema de geração solar fotovoltaica com capacidade de produzir de 633 MWh por ano. A energia elétrica gerada garante a autossuficiência elétrica do estádio e o excedente é fornecido aos prédios das secretarias do Trabalho (Setre) e da Administração (Saeb), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Com esse projeto, até o fim de 2014 os gastos com energia foram reduzidos em R$ 400 mil. O estádio Pituaçu é considerado pioneiro na geração de energia através de sistemas fotovoltaicos no Brasil.

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Estádio de Pituaçu, Salvador

6 – Arena Fonte Nova, Salvador

A Arena da Fonte é mais um estádio baiano com selo de sustentabilidade. O estádio possui um sistema fotovoltaico capaz de gerar 750 MWh por ano – o equivalente ao consumo médio de 625 residências. Os painéis foram instalados no anel de compressão da cobertura

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Arena Itaipava Fonte Nova, em Salvador