Fundo Brasil-China vai investir US$ 20 bilhões em infraestrutura

Recursos serão direcionados para setores de logística, energia, recursos minerais, tecnologia avançada, agricultura e agroindústria.

Foi lançado na última terça-feira, 30 de maio, o Fundo de Cooperação para Expansão e Capacidade Produtiva Brasil-China, um mecanismo de cooperação destinado a financiar projetos de interesse comum para os dois países. O anuncio foi feito durante evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), realizado esta semana em São Paulo.

O Fundo  terá aporte de US$ 20 bilhões para obras de infraestrutura em território nacional e entrará em operação a partir de junho. Do total aportado, US$ 15 bilhões serão desembolsados pelo Claifund, Fundo de Cooperação Chinês para Investimento na América Latina e até US$ 5 bilhões virão de instituições financeiras brasileiras.

Os recursos serão direcionados principalmente a projetos de setores considerados prioritários, como logística, energia, recursos minerais, tecnologia avançada, agricultura e agroindústria.

Os investimentos serão feitos gradualmente, à medida que os projetos forem sendo aprovados. Segundo o Ministro do Planejamento Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, a inscrição de propostas estará aberta a partir de 31 de maio. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal serão os agentes financeiros.

O Fundo será administrado por uma secretaria executiva, sob responsabilidade da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento (Seain/MP). Será integrado, também, por Grupo Técnico de Trabalho e um Comitê Diretivo, composto pelos secretários executivos do governo federal, bem como por três representantes chineses ao nível de vice-ministro.

De acordo com o secretário de Assuntos Internacionais do ministério, Jorge Arbache, o fundo possui uma característica diferenciada em relação aos demais que a China mantém com outros países. “De todos os fundos geridos pelo Claifund (fundo chinês para investimento na América Latina), este é o único que tem acordo paritário, ou seja, com decisões do mesmo peso dos dois lados”, conclui Arbache.

Fonte: Portal Brasil (modificado)- Foto: PAC/Divulgação