Entre os dias 26 e 28 de novembro, será realizada a 7ª edição do Congresso Internacional A ERA BIM, promovido pelo Sinaenco – Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva, em São Paulo. O evento reunirá especialistas, empresas e profissionais de destaque para discutir a transformação digital na cadeia produtiva da construção no país.

Serão dois dias oficiais de Congresso (26 e 27). Como já é uma marca registrada do evento, está prevista a presença de convidados internacionais, que compartilharão as experiências de adoção do BIM em outros países, e de convidados nacionais, que contextualizarão os participantes sobre o cenário atual do BIM no Brasil, considerando a esfera pública, com a Nova Estratégia BIM BR, instituída em 2024, e a Nova Indústria Brasil (nova política industrial), e as iniciativas de empresas do setor. Além de mesas redondas, painéis e palestras, a expectativa é de que mais de 50 trabalhos sobre BIM e transformação digital sejam apresentados durante o evento.

Paralelamente às atividades do Congresso será realizada a AEC Expo, feira de inovação na arquitetura e engenharia consultiva, na qual são apresentadas tecnologias e soluções inovadoras.

O dia 28 de novembro será reservado para atividades práticas, como cursos, workshops e oficinas, e demonstrações de novas tecnologias ao ar livre.

De Seminário a Congresso A ERA BIM

Além da chancela de congresso – nomenclatura mais abrangente e assertiva para o evento, antes chamado de seminário – a edição deste ano contará com uma série de novidades. Uma delas é um conselho curador específico, responsável pelo planejamento da nova estrutura temática do Congresso. O VP de Arquitetura do Sinaenco, Prof. Dr. da FAU Mackenzie e líder do conselho curador, Eduardo Sampaio Nardelli, explica que essa decisão foi tomada em função da proporção que tomou o evento.

“Começamos esse trabalho há sete anos, com um pequeno encontro na sede do Sinaenco, com cerca de 80 pessoas. O evento foi crescendo, abordando as melhores práticas em BIM, se tornando uma referência, e tivemos mais de 800 participantes em 2023”, afirma. “O evento cresceu junto ao amadurecimento do BIM no país, temos cada vez mais empresas adotando seus processos e tecnologias. Não era mais possível construir esse evento apenas com indicações, era preciso um conselho consultivo, para que não corrêssemos o risco de deixar de fora pesquisas e práticas importantes sobre BIM no Brasil”.

Contando com membros de várias entidades e empresas, o conselho decidiu pela divisão do evento em cinco temas-chave, considerados abrangentes e fundamentais para a evolução da construção no Brasil: Inovação, Sustentabilidade, Gestão da Informação, Educação e Contratação.

Submissão de trabalhos acadêmicos e cases profissionais

Outra novidade do evento foi uma chamada pública prévia para a submissão de resumos de pesquisas acadêmicas e práticas profissionais, que serão apresentados no Congresso mediante a avaliação e seleção do Grupo de Trabalho BIM do Sinaenco.

Segundo Nardelli, foi surpreendente o tamanho da adesão. “Recebemos 107 trabalhos para avaliação em duas semanas, não só envolvendo o BIM, mas Inteligência Artificial, uso de drones, Realidade Aumentada, enfim, vários temas que não deixam de considerar os processos BIM, mas que vão além. É um conhecimento muito rico, que será registrado e não se perderá após o evento. Por isso, trouxemos essa experiência acadêmica [do congresso] para cá, mas com cases práticos, adotando um viés dirigido à atuação profissional”, aponta o VP do Sinaenco.

A riqueza dos trabalhos recebidos são um indicativo da evolução do BIM e da construção no país, destacada por Nardelli com avanços concretos, como o lançamento da buildingSMART Brasil, que ocorreu durante a última edição do evento e posiciona oficialmente o país no cenário internacional de adoção do BIM. Ele também pontua a importância do BIM em um cenário de transformação digital geral.

“O que temos é um processo de digitalização de todas as nossas atividades. Na construção, especificamente, é um processo enorme, que envolve parametrização, dados, gêmeos digitais, inteligência artificial, entre outros aspectos. O BIM está dentro desse processo, e sua adoção para as empresas do setor é fundamental. Caso contrário, elas correm o risco de ficar completamente fora do que exige o futuro da construção”, finaliza Nardelli.