Faleceu na última segunda-feira, 9 de janeiro, aos 73 anos, o arquiteto e urbanista Carlos Bratke. Ao longo de quase 50 anos de carreira, o profissional desenvolveu centenas projetos, entre residências, edifícios de apartamentos, igrejas, plantas industriais e escolas. Os grandes edifícios de escritórios – sobretudo na Avenida Berrini, como o Plaza Centenário e o Edifício Bandeirantes – estão entre as mais referenciadas obras do arquiteto.

O Sinaenco recebeu com pesar a notícia da morte de Bratke. O profissional teve relevante atuação nas primeiras gestões do Sindicato, nos anos 1990. Em nota, o Conselho Diretor lamentou:

“Com profundo pesar recebemos a notícia da morte do arquiteto Carlos Bratke, que assim como seu pai (Oswaldo Bratke) foi brilhante arquiteto; inovaram a moderna arquitetura brasileira. Agradecemos por sua importante colaboração na adesão dos arquitetos ao Sinaenco e aprimoramento do entendimento das atividades da engenharia consultiva pela arquitetura, ideia embrionária para a campanha em prol da valorização do bom projeto”.

Arquiteto da Berrini Carlos Bratke nasceu em São Paulo, em 20 de outubro de 1942. Formado em 1967 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie (FAUUM). Além do desenvolvimento de projetos em seu escritório, fundado em 1968, Bratke foi professor acadêmico e atuou como dirigente no IAB, Museu da Casa Brasileira e Fundação Bienal de São Paulo.

A produção mais conhecida do arquiteto foi erguida ao longo da Avenida Luís Carlos Berrini, em São Paulo. Juntamente com os arquitetos Roberto Bratke, seu irmão, e Francisco Collet, foi um dos primeiros a conceber projetos para a área, ainda na década de 1970, contribuindo para transformar a várzea do Rio Pinheiros em uma das regiões mais valorizadas da capital paulista. São de sua autoria cerca de 60 edifícios comerciais na região, além da Igreja de São Pedro e Paulo e o Parque do Povo

O arquiteto realizou trabalhos também nos Estados Unidos, Uruguai e México. Foi condecorado com diversas premiações e, 2009, o museu francês Georges Pompidou selecionou o projeto do Edifício Oswaldo Bratke (abaixo) para compor seu acervo permanente.

Edifício Oswaldo Bratke: de autoria de Carlos Bratke, trabalho compõe acervo permanente do museu francês Georges Pompidou. Foto: Construtora Bratke Collet