Educação em BIM: desafios e oportunidades no ensino da metodologia

7° Congresso Internacional A ERA BIM colocou em pauta a evolução do BIM no ambiente acadêmico.

O tema da educação em BIM tem ganhado destaque como um dos pilares para a transformação digital no setor da construção, abordando tanto os avanços quanto os desafios relacionados à formação de profissionais capacitados. Durante o segundo dia do 7º Congresso Internacional A ERA BIM, especialistas compartilharam experiências e discutiram iniciativas acadêmicas e profissionais voltadas para o ensino da metodologia, destacando sua evolução em contextos nacionais e internacionais.

O evento contou com a participação de Miguel Azenha, da Universidade do Minho, que trouxe uma visão abrangente sobre a educação em BIM na União Europeia, destacando a descentralização de iniciativas e a necessidade de referenciais consolidados.

Segundo Azenha, o BIM ainda é um tema novo e em evolução, com iniciativas pulverizadas e descentralizadas com relação ao ensino da metodologia, com exceção da certificação da buildingSMART International. Ele detalhou a trajetória da Universidade do Minho com relação ao ensino do BIM, que começou com a implementação de disciplinas BIM nos últimos anos da graduação, e agora conta com experiências já nos primeiros anos do curso de engenharia civil. Azenha ainda ressaltou desafios comuns tanto do Brasil como da União Europeia, como a falta de referenciais de ensino e de profissionais capacitados para ensinar a metodologia.

Experiência brasileira

Na sequência, Azenha formou uma mesa redonda com Angélica Ponzio, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Felipe Guerrero, do SENAI-SP, a fim de trocar experiências sobre os desafios e oportunidades da educação em BIM, sob a mediação de Eduardo Nardelli, vice-presidente de Arquitetura do Sinaenco e professor da FAU Mackenzie.

Ponzio traçou a trajetória da universidade gaúcha junto à metodologia, que resultou na formação de uma Célula BIM. Este grupo tem feito levantamentos sobre o nível de maturidade da adoção do BIM na graduação e sobre as oportunidades de inserir conhecimentos a respeito da metodologia em diversas disciplinas ministradas na universidade. Já Guerrero falou sobre a oferta formativa do SENAI-SP para Gestão de Projetos com Ênfase em BIM, além da incorporação da metodologia nos cursos técnicos, em linha com as novas necessidades do mercado.


Fotos: Ricardo Maizza