Road Show A ERA BIM chega ao Rio de Janeiro e reúne especialistas no Museu do Amanhã

O Road Show A ERA BIM é evento derivado do Congresso Internacional A ERA BIM. Tem como proposta nacionalizar as discussões sobre transformação digital, por meio de encontros em capitais brasileiras, com a participação de profissionais e empresas locais.

O Road Show A ERA BIM, iniciativa idealizada pelo Sinaenco, desembarcou no Rio de Janeiro no dia 12 de novembro, promovendo um amplo debate sobre inovação, tecnologia e o futuro da Arquitetura e Engenharia. Realizado no Museu do Amanhã, o encontro reuniu especialistas, gestores públicos e profissionais do setor, fortalecendo conexões e impulsionando a discussão sobre transformação digital.

A edição carioca do evento foi correalizada com Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ), e contou com patrocínio master do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ), além de apoio institucional da Firjan e do BIM Fórum Brasil.

Na abertura do evento, o presidente nacional do Sinaenco, Russell Ludwig, destacou que a iniciativa privada já assimilou as vantagens do BIM, especialmente no que diz respeito ao aumento da produtividade.

Em seguida, o presidente do CREA-RJ, Miguel Fernández, celebrou a primeira realização do evento no Estado, destacando o caráter simbólico do Museu do Amanhã e a consolidação do BIM como ferramenta indispensável para a eficiência e transparência na Arquitetura e Engenharia. “A metodologia BIM não é mais uma promessa de futuro; é uma realidade presente e indispensável”, afirmou.

O presidente do CAU/RJ, Sydnei Menezes, reforçou a importância da transição digital e da modernização dos sistemas profissionais. Ele lembrou a evolução tecnológica vivida pelas profissões, da prancheta aos softwares avançados, e destacou que o BIM representa um novo salto na forma de projetar e construir.

Representando o secretário municipal de Infraestrutura, Wanderson Santos, o presidente da Rio Águas, João Telles, ressaltou que a engenharia pública também já reconhece o potencial do BIM. Segundo ele, a prefeitura criou uma comissão específica para estruturar sua adoção, garantindo maior precisão nos projetos e gestão eficiente das obras.

Também participaram da abertura o presidente do Sinaenco Rio, Valdir Gomes de Oliveira; Rogério Suzuki, representando o BIM Fórum Brasil; e Alessandra Beine, representando o CAU/BR.

Programação destaca inovação, IA e experiências internacionais

Ao longo do dia, a programação explorou temas essenciais para a transformação digital do setor. O arquiteto e urbanista Jorge Beneitez, do escritório enzyme APD, com sede em Hong Kong, compartilhou experiências de projetos desenvolvidos na Europa, Sudeste Asiático, Norte da África e Oriente Médio. Já, Gil Giardelli, professor e referência em inovação e Sociedade 5.0, abordou futuros possíveis, inteligência artificial e computação quântica.

No painel “BIM como política pública e instrumento de transformação”, participaram Eduardo Ribeiro, do CAU/RJ; Rachel Magalhães, da Secretaria de Infraestrutura; Giuseppe Miceli Junior, do Instituto Militar de Engenharia; Bernardo Cardoso, do IEAA; e Vicente Loureiro, da Agetransp, que discutiram o papel do BIM como ferramenta estratégica para políticas públicas e gestão eficiente.

Outro momento relevante foi o debate “Inteligência Artificial e o Futuro da Arquitetura”, no qual Ítalo Guedes, diretor de IA na Zigurat, Rogério Suzuki, CEO da Vistta, e Márcia Doring, da Planave, analisaram como a IA está revolucionando o design e a gestão de projetos.

A programação seguiu com o painel “BIM: da tradição ao digital”, em que Carla Estrella, da Königsberger Vannucchi; Vagner Almeida Lima, da Encibra; Stefania Dimitrov, da Sondotécnica; e Aníbal Sabrosa, da Raf Arquitetura, apresentaram as trajetórias das empresas de migração do processo tradicional para o ambiente BIM, compartilhando desafios e indicando soluções.

Carlos Dias, professor e pesquisador, discutiu o uso de software livre em projetos de arquitetura em BIM, destacando alternativas acessíveis e colaborativas que ampliam o alcance da metodologia.