Sinaenco promove seminário sobre BIM na Gestão Pública

Evento integra as etapas para o desenvolvimento de um Guia de Boas Práticas para Contratação em BIM, com previsão de lançamento em novembro.

Sinaenco e Universidade Presbiteriana Mackenzie promoveram, em 17 de junho, o Seminário BIM na Gestão Pública: Tópicos para Contratação de Projetos. O evento integra as etapas para o desenvolvimento de um Guia de Boas Práticas para Contratação em BIM, trabalho que envolve as duas instituições mais a Universidade do Minho (Portugal).

Nesse contexto, o Seminário teve como objetivo compartilhar e validar com a comunidade BIM as diretrizes propostas para o Guia. Participaram cerca de 120 pessoas, entre profissionais de empresas de AEC, de empresas públicas e de concessionárias de infraestrutura, além de servidores públicos ligados a órgãos de controle e de secretarias municipais.

Na abertura do evento, o VP de Arquitetura do Sinaenco e Prof. Dr. da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie, Eduardo Sampaio Nardelli, falou sobre a importância do trabalho colaborativo em torno do BIM. “Precisamos juntar esforços para fazer com que a adoção do BIM em nosso país vá além da simples transição para uma nova forma de produzir o espaço construído, mas nos permita, acima de tudo, resgatar e incrementar a qualidade da atividade projetual no Brasil”, disse.

Segundo Nardelli, a previsão é lançar o Guia de Boas Práticas durante 7º Seminário Internacional A ERA BIM, que será realizado nos dias 26 e 27 de novembro, em São Paulo (SP).

Pesquisa e diálogo com os profissionais

Como parte do processo de elaboração do Guia, foi feita uma pesquisa para entendimento do cenário e identificação de boas práticas. Os resultados parciais desse trabalho foram apresentados no Seminário pela arquiteta e urbanista Natasha Sotovia. Ao todo, foram revisados 38 artigos científicos com menções a guias BIM, 12 guias nacionais e internacionais e 90 editais de licitações publicados entre 2018 e 2023 que trazem exigências sobre o uso da modelagem.

Nos editais foram analisados, por exemplo, escopo da licitação, critérios de julgamento adotados, habilitação técnica exigida pelo contratante, existência de pontuação com proposta BIM e de critérios de auditoria ou avaliação do modelo. Já nos guias o foco da investigação foram referências a normas, software, regimes de execução, contratação, formas de entrega e orientações sobre questões geométricas e não geométricas na elaboração do modelo, entre outras.

Após a apresentação, os participantes se organizaram, conforme interesses e especialidades, em cinco grupos temáticos – legislação/licitações; aspectos contratuais; classificação da informação/elaboração e validação dos modelos; requisitos tecnológicos/programação aplicada; gestão da informação/entrega da informação –, para análise dos resultados da pesquisa e validação dos tópicos e das diretrizes propostas para o Guia. Os resultados das discussões de cada grupo foram compartilhados em plenária. Eles serão agora incorporados à pesquisa, juntamente com as sugestões dos participantes.

Atividades complementares

A programação do Seminário também incluiu workshops sobre Especificação de Entrega de Informações (IDS) e de Análise Automatizada de Modelos, além de palestra com o tema BIM e a espada japonesa: a utopia da interoperabilidade, ministrada pelo especialista em BIM, Carlos Dias.

 

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