Reforma trabalhista é debatida em reunião da Direção Nacional do Sindicato
Encontro foi promovido em 3 e 4 de agosto, em São Paulo.
Com a sala plenária da Fecomércio, em São Paulo, lotada por dirigentes do Sindicato e presidentes das 12 seções regionais, a reunião da Direção Nacional do Sinaenco, promovida em 3 e 4 de agosto último, foi quase toda ela dedicada à discussão da Reforma Trabalhista, sancionada pela Presidência em julho e que entrará em vigor em novembro. Na abertura dos trabalhos, o presidente nacional do Sinaenco, José Roberto Bernasconi, traçou um panorama da difícil situação vivida pelo país atualmente e, também, das ameaças que pairam sobre o setor de arquitetura e engenharia consultiva (A&EC).
“O Brasil vive uma enorme crise fiscal, que poderá exigir até dez anos para ser solucionada; o déficit fiscal do governo para 2017 era estimado em R$ 139 bilhões, mas pode atingir R$ 159 bilhões neste ano. Como consequência, não há investimento em infraestrutura; e o nível de atividade da economia, que já é muito baixo, fica pior e temos 13,5 milhões de desempregados”, listou Bernasconi. Ele relacionou o Programa de Parceria para Investimentos (PPI), com as concessões e privatizações previstas, como alternativa para impulsionar o desenvolvimento da infraestrutura e driblar a penúria dos cofres governamentais, neste e nos próximos anos.
“A arquitetura e a engenharia consultiva são fundamentais para o desenvolvimento brasileiro, já que são operadoras desse desenvolvimento. Precisamos enfrentar coletivamente os desafios que nos têm sido impostos”, disse o presidente do Sinaenco.
A aprovação da Reforma Trabalhista pelo Senado, em junho, foi outro ponto abordado por Bernasconi, que a considerou importante por renovar as relações trabalhistas. Ele lembrou que os sindicatos foram criados sob uma legislação que buscava dar equilíbrio às duas forças que compõem o mercado – capital e trabalho –, equilíbrio esse fundamental para a representação democrática desses dois polos. “Os sindicatos patronais e laborais são fundamentais para negociar as condições de trabalho”, afirmou Bernasconi.
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