Conheça os principais cases de sucesso apresentados durante o 6º Seminário Internacional A ERA BIM

Revitalização de estação de tratamento de água, construção de metrô, projetos sustentáveis… Saiba mais sobre os cases apresentados durante o evento.

Observar na prática como o BIM já está se tornando o presente da construção civil, e não mais o futuro, é um dos objetivos do 6º Seminário Internacional A ERA BIM. Para isso, nada melhor do que acompanhar alguns cases de sucesso de implantação da tecnologia em cenários reais, motivo pelo qual o terceiro dia do evento contou com uma sequência de apresentações exclusivas sobre projetos e tecnologias que utilizam a metodologia BIM como um diferencial em seu desenvolvimento.

Confira um resumo das apresentações que ocorreram na Arena Geração BIM.

 

Revitalização da Estação de Tratamento de Água em Blumenau (SC)

Gustavo Costa e Paulo Aragão, da MPB Engenharia, contaram sobre os desafios de ampliar a estação responsável pelo fornecimento de 70% da água do município de Blumenau. A ideia era dobrar a capacidade da estação sem parar a operação. Além da compatibilização e orçamentação em BIM, o projeto contou com modelagem as built, com possibilidade de utilizar o modelo para a manutenção da estação.

TYPSA BIM PM

Francisco Fadiga, da Engecorps, apresentou uma ferramenta de desenvolvimento interno da TYPSA para gestão de projetos e obras, com aplicabilidade da Metodologia BIM. A ferramenta conta com aplicativo que conversa com sistema web, permitindo a geração e envio de fotos para o banco final e geração intensa de dados. Até 2022, a ferramenta já foi utilizada em mais de 500 projetos, representando um investimento de 32 bilhões de euros em obras.

Análise de Carbono Incorporado

Juliana Scanoni Silva, da TPF Engenharia, focou na sexta dimensão do BIM (6D – Sustentabilidade) para mostrar como a empresa consegue atuar em projetos que visem a redução de emissões de carbono na atmosfera em todas as fases do ciclo da edificação, mas com foco principalmente na fase de construção. A empresa conta com metodologia específica para quantificar as emissões, com capacidade para avaliar custos e verificar cenários, facilitando a tomada de decisão ainda nas fases iniciais do projeto.

Metrô de Bogotá

Anderson Oliveira, da Systra Brasil, explicou como o projeto da Linha 2 do Metrô de Bogotá (Colômbia), uma faixa de mais de 15,5 Km de extensão, foi construído 100% em BIM, a partir de um conjunto de soluções de que dispõe a empresa. O projeto contou com estudo estrutural e geológico com ferramentas em BIM e envolveu a participação de profissionais de 4 países diferentes, incluindo o Brasil. Anderson destacou sobretudo o ambiente colaborativo criado para o trabalho no projeto, garantindo que fosse possível a integração e o acesso de todos os envolvidos.

Monitoramento colaborativo da qualidade e segurança no desenvolvimento de obras

Bruno Braga e Gabriela Chiaroni, da JHE Engenharia, contaram sobre o projeto desenvolvido junto à Sabesp para a revitalização do Rio Pinheiros, cujo objetivo era a redução do volume de esgoto nos córregos do rio. Os profissionais exploram a complexidade do projeto, com escopo que envolvia mais de 80 km de rede coletora e duração de apenas 18 meses. Com tantas frentes pulverizadas, o desafio foi acompanhar a gestão, tanto para a empresa quanto para o contratante. A solução foi a Vistoria Integrada de Obras, um fluxo que envolveu parametrizações, vistorias, análises, contribuindo para a qualidade do trabalho, aceleração das tratativas, integração e melhoria contínua.

Linha 19 – Estação do Metrô de SP      

Guilherme Tavares, João Paulo Ranazzi e Rodrigo Tamura, da Maubertec, deram um panorama da atuação da empresa em projetos BIM, com foco no projeto específico da linha 19 – Celeste do Metrô de São Paulo, que envolve 10 unidades construtivas. Os profissionais explicaram que a empresa promoveu a integração de softwares, com análise de mais de 20 disciplinas diferentes em cada unidade e sua devida compatibilização. A gestão de dados, diante da diversidade de equipes e quantidade de parâmetros, foi colocado como um dos principais desafios do projeto.

Geo BIM e Inteligência Artificial em rodovias

Alcione Dolavale, da Sondotécnica Engenharia, explicou como a empresa, que atua há mais de 70 anos no país, tem contribuído com projetos em rodovias federais no Brasil. Os projetos desenvolvidos em BIM com o apoio de sistemas e informação geográfica (GIS) envolvem a duplicação de vias existentes, concepção de vias marginais e a projeção de elementos como retornos em nível, passarelas e rotatórias.

Caso Sabesp

Bruno Piccini, da JNS Engenharia, ressaltou a importância da padronização para os trabalhos do consórcio Integra BIM, na Sabesp. Ao explicar um projeto hidromecânico, o engenheiro pontuou os trabalhos com foco específico na criação de bibliotecas e templates, frisando como a padronização gerou melhor colaboração entre as partes interessadas e melhorou a consistência e qualidade dos dados.

Fotos: Ricardo Maizza